28 de setembro de 2010

Nokia abortou aparelho touchscreen três anos antes do iPhone


Em 2004, mesmo já sendo a maior empresa detelefonia móvel do mundo, a Nokia recusou um protótipo de aparelho que poderia ter mudado o rumo do mercado de smartphones: um dispositivo com tela sensível ao toque, display muito maior do que a média da época e foco em navegação. A ideia era guiar o mundo embrionário dos smartphones, revela a matéria do New York Times.
Segundo Ari Hakkarainen, então gerente de marketing da linha Series 60, o alto escalão da Nokia achou a aposta arriscada, por conta do ainda nebuloso, mas crescente, mercado de smartphones com tela sensível ao toque. Além de não saber ao certo o futuro da tecnologia, o custo para criação do protótipo seria altíssima. O argumento, provavelmente, era de que o market share mundial não parava de crescer e que em time que está ganhando, não se mexe. Além do aparelho recusado, a Nokia também rejeitou em 2004 o design experimental de uma loja de aplicativos, para anos depois investir milhões de dólares na Ovi Store, perdendo anos preciosos de aprendizado do novo mercado de apps. E as consequências de ambas as escolhas começaram a surgir nos últimos anos.
O NYT quis mostrar o cenário que o canadense Stephen Elop, ex-Microsoft, novo CEO da Nokia e primeiro estrangeiro a assumir a empresa, terá que enfrentar para mudar os rumos da empresa. Apesar de continuar com números impressionantes – inclusive no Brasil  – a Nokia perdeu drasticamente sua fatia do mercado americano, que em 2002 chegou a ser de 35%. Oito anos depois, a Nokia representa míseros 8,1% de market share nos EUA. E, nós bem sabemos, isso começou com o lançamento do iPhone e a reescrita do significado da palavra smartphone, que chegou ao mercado sem nenhum concorrente real.
A complacência da Nokia com os experimentos de seus trabalhadores em 2004 chega a ser irônica: os últimos smartphones da empresa tinham como maiores críticas a inabilidade da tela sensível ao toque resistiva, que a Nokia insistiu em usar, e a ausência de uma loja de aplicativos intuitiva e bem desenhada. O Symbian também foi execrado e taxado como um sistema longe do ideal para navegação e praticidade do usuário, ideias levantadas dentro da Nokia há muitos anos. Agora, o peso e a responsabilidade estão nos ombros do N8, novo aparelho topo de linha da empresa que, mesmo com a versão 3 do Symbian, pretende mudar o jogo novamente para a Nokia. Os finlandeses dizem que já entenderam o recado do mercado e que estão tentando mudar. Mas há quem diga que o esforço ainda é muito pequeno. [NYT]


Moral da história: se fudeo bonito Nokia!

Reflexo de hotel em Las Vegas queima cabelo de turista


A maioria dos hotéis em Vegas têm algo diferente, um fator que chame a atenção do turista. E isso vai de uma Torre Eiffel em tamanho (quase) real a versões menos molhadas de Veneza. Mas, no mar de absurdos que envolve a cidade, talvez o Hotel Vdara tenha ido longe demais: o reflexo de seu prédio criou um “raio da morte” que queimou o cabelo de um dos hóspedes, e a administração local alega ser apenas um “local quente”.

Na Europa, celulares terão o mesmo carregador

Você e qualquer um que tem celular certamente já passou pela situação de ver seu aparelho sem bateria e, pior, sem um carregador compatível  por perto. Infelizmente, não há, ainda, um padrão universal para carregadores, de modo que cada empresa cria seu próprio, sem falar nas que criam vários próprios dentro da sua linha de modelos. Quem entende!?
Na Europa, pelo menos, esse problema está próximo do fim. Entre um processo antitruste na Microsoft e outro, a Comissão Europeia chegou a um acordo amigável com fabricantes de celulares em 2009. Agora, ele começa a ter efeito, e a partir do começo de 2011, todos os dez signatários, que incluem, dentre outras, Apple, Motorola, RIM e samsung, lançarão novos aparelhos com o carregador comum, baseado no plug microUSB

Apple Peel 520: Transforme seu iPod touch num iPhone



Você tem um iPod touch. Talvez por falta de grana ou por precisar apenas checar seus emails e acessar a internet, ou então um upgrade modesto para aquele seu HDzinho com tela PB que você costumava chamar de iPod. Normalmente, se você é dono de um iPod touch, você não tem um iPhone (e vice-versa). É o que diziam por aí até hoje…
Agora você pode ter os dois \o/
Essa semana um fabricante anunciou o Apple Peel 520 (esse aí da foto) e não prometeu mudar a sua vida, mas sim dar uma boa pimpada no seu iPod touch. Boa mesmo! É como a tal skin que a Apple andou dando aos remendos por aí, porém com uma bateria adicional e um… SIM Card? Sim, um slot para chip GSM vem dentro do bicho.
Levou vários reviews por aí afora e para variar uns adoraram, enquanto outros odiaram. De uma maneira curta e grossa o trequinho faz aquilo que promete: transformar o seu iPod touch num dispositivo iOS capaz de fazer e receber chamadas, bem como SMS/MMS. Não era você que estava querendo um iPhone? Mah Ah va! Confessa!?
Se o seu iPod touch for desbronqueado (JB’ed) e a sua tolerância para alguns pauzinhos indiscretos como baixo volume (não ajustável) de som durante as chamadas e algumas esquisitices quando se envia e recebe SMS estiver num nível aceitável — para o seu bolso e sua empatia.
Mas numa boa, pelo preço e upgrade, vais reclamar de quê… eu testaria
E eu cá com os meus botões acho que a diferença entre o meu iPod touch e um iPad é só o tamanho…

27 de setembro de 2010

9 coisas sobre o Canadá

O Canadá é considerado um dos melhores lugares do mundo para se viver. País organizado, economia forte e estável, povo educado e de natureza exuberante além de recebe milhares de imigrantes todos os anos vindos das diferentes partes do globo. A miscigenação de culturas faz do Canadá um país verdadeiramente cosmopolita, onde povos e culturas se misturam e exercem uma importante parte no desenvolvimento e seu crescimento…Veja abaixo algumas algumas outras curiosidades sobre este país.



Greem pizza box

Samsung fazendo Ctrl C + Ctrl V na Apple

applesan

O melhor do twitter

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Os games são tão viciantes quanto as drogas?






Na semana passada o jornal britânico Daily Mail, publicou uma chocante reportagem sobre uma mulher inglesa de 33 que deixou morrer de fome seus cães devido seu vício em MMO (Massive Multipleyer Online). Hoje, o jornal voltou a falar sobre o tema e fez uma comparação entre os games e as drogas.



''Muitas pessoas afirmam que a atual geração dos games pode causar danos para aqueles que os utilizam'', disse Tom Rawstone, responsável pela polêmica reportagem. “São tão atraentes tão desafiadores e apresentam um design tão inteligente que os especialistas dizem que há um risco real de dependência”. completou.
Na matéria intitulada ''Os vídeo games são tão viciantes quanto à heroína?'' o Daily Mail cita ainda as palavras do Dr. Richard Graham: “As pessoas acabam absorvendo a experiência vivida nos jogos, e isso faz com que a vida real delas, não tenha mais sentido”. E você, concorda que os jogos podem viciar como drogas?




Curiosidades sobre o Fast-Food



1 - A primeira rede de fast-food criada no mundo, foi a White Castle, criada em 1921 na cidade de Wichita, Kansas. Ela existe até hoje. O termo fast-food apareceu pela primeira vez no dicionário em 1951, no Merriam-Webster.

2 - O McDonald's inciou as suas atividades, no ramo de fast-food, em 1948. Hoje é a maior rede de fast-food do mundo e atende diariamente, em média, 47 milhões de pessoas vendendo cerca de 190 hambúrgueres por segundo. 
Atualmente opera em 126 países e emprega cerca de 400.000 pessoas no mundo. Nos U.S.A são 13.000 pontos-de-venda e no Brasil cerca de 1.100.

3 - Estatísticas recentes mostram que o McDonald's possui uma receita anual em torno de 23 bilhões de dólares. Taco Bell, KFC e Pizza Hut possuem números em torno de 11.3 bilhões de dólares. O Burger King possui receita por volta de 2.5 bilhões de dólares.

4 - O drive-through, ou drive-thru, com os famosos sistemas de alto-falantes, foi utilizado pela primeira vez em um fast-food no ano de 1951, pela rede Jack in the Box. Nos U.S.A, 60% das vendas do McDonald's são via drive-thru.

5 - No Brasil, a primeira loja de fast-food foi aberta em 1952, um Bob's na Rua Domingos Ferreira, em Copacabana. A primeira loja do McDonald's foi inaugurada em 13 de fevereiro de 1979, na Rua Hilário de Gouveia, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

6 - Em Março, foi feita uma pesquisa com o intuito de saber se as pessoas comiam pelo menos uma vez por semana em algum fast-food. Os países campeões foram Hong Kong, com 61% de respostas positivas, e Malásia com 59%. Nos U.S.A o percentual foi de 35% e na Suécia apenas 3% disseram sim.

7 - Um simples hambúrger de carne pode ser feito de centenas de vacas diferentes. Batatas fritas do McDonald's são aromatizadas com "produtos animais" não especificados. O aromatizante de morango utilizado na maioria dos milkshakes, contém cerca de 50 produtos químicos diferentes, incluindo o Diacetyl, usado em perfumes.

8 - O mercado de fast-food movimenta cerca de R$ 4 bilhões por ano, aqui no Brasil. A rede líder de mercado, claro, é o McDonald's. Em segundo lugar aparece o Bob's com mais de 700 pontos-de-venda. O Subway já é a terceira maior rede com 469 lojas, seguida do Giraffas com 316 lojas e Habib's com 305.

9 - Em 2006, o Habib's vendeu 650 milhões de bib'sfihas, e por ano, são vendidos cerca de 20 milhões de kibes e 10 milhões de beirutes.

10 - O sanduíche B.M.T de 15 cm, um clássico do Subway que vem com Salame, Peperoni e Presunto, tem um valor nutricional de 450 calorias. O Big Mac tem 504 calorias e o Big Tasty espantosas 843 calorias. O milkshake de Ovomaltine do Bob's, de 700 ml, possui 813 calorias.

11 - Segundo dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), uma franquia do McDonald's requer um investimento de R$ 1.080.000 a R$ 1.895.000. Uma franquia do Bob's custa de R$ 540.000 a R$ 1.460.000. Esses valores correspondem ao resultado da soma da taxa de franquia, do capital para instalação e do capital de giro .

12 - A primeira fábrica de Ovomaltine foi criada em 1904. Apesar de antigo, o Ovomaltine se popularizou de vez aqui no Brasil a partir de 2002, devido a uma estratégia bem sucedida, que o incluiu como ingrediente em um dos milkshakes do Bob's.

18 de setembro de 2010

Os 10 atores mais bem pagos de Hollywood

Johnny Depp  aparece na primeira colocação de ranking divulgado pela revista Forbes  dos atores mais bem pagos, com salário estimado em 75 milhões de dólares por filme. Confira o top 10:

#1 -Johnny Depp: 75 milhões de dólares
johnny depp3 10 Atores Mais Bem Pagos de Hollywood
#2 – Ben Stiller: 53 milhões de dólares
Bem Stiller 10 Atores Mais Bem Pagos de Hollywood
#3 – Tom Hanks: 45 milhões de dólares
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#4 – Adam Sandler: 40 milhões de dólares
Adam Sandler 10 Atores Mais Bem Pagos de Hollywood
#5 – Leonardo DiCaprio: 28 milhões de dólares
Leonardo DiCaprio 10 Atores Mais Bem Pagos de Hollywood


#6 – Daniel Radcliffe: 25 milhões de dólares
daniel radcliffe wallpapers pictures 10 10 Atores Mais Bem Pagos de Hollywood
#7 – Robert Downey Jr.: 22 milhões de dólares
robert downey jr1 10 Atores Mais Bem Pagos de Hollywood
#8 – Tom Cruise: 22 milhões de dólares
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#9 – Brad Pitt: 20milhões de dólares
Brad Pitt 10 Atores Mais Bem Pagos de Hollywood
#10 – George Clooney: 19 milhões de dólares
George Clooney 10 Atores Mais Bem Pagos de Hollywood
[Fonte: Forbes]

7 de setembro de 2010

Novas TVs da Samsung mostram notícias do Terra e vídeos do Youtube

Há 2 meses, a Samsung apresentou sua linha 2009 de TVs, incluindo as maravilhosas LCD com iluminação traseira por LED  feitos no Brasil. Na época, falaram que aqueles televisores iriam virar centro de entretenimento, conectar à internet para ler notícias e ao computador da casa para assistir filmes. Como eles não mostraram exatamente como funcionava, ninguém deu muita bola. Hoje eles nos chamaram de novo como aquele filho que fica dando cambalhota pra mãe, "ei, olha o que eu sei fazer!". O resultado, se bem bacana mas não impressionante, pelo menos mostra um caminho muito interessante. De início: você pode ler notícias importantes enquanto vê TV, com aquela barrinha da CNN ou BandNews sendo transportada para o que quer que você esteja fazendo - cortesia do Terra. No futuro: aposentadoria de qualquer intermediário próximo à TV.
Para conhecer melhor do projeto, dê uma olhada no hotsite que o Terra criou, aqui.
A interatividade está presente em 7 modelos da linha 2009 - os LCDs da série 6, os de plasma da série 6 e 8, e os de LED da série 7 e 8, obviamente os mais caros nas respectivas classes, todos full-HD (encontra-se a LED de 40'' por R$ 6.650 e a Plasma de 63'', R$ 12.700) . Para suportar a conectividade, todas têm entrada ethernet e USB - para você conectar um dongle Wi-Fi (inclusos nos modelos mais top), se preferir. A memória de cada é flash, de 1GB ou 2GB, expansível por pen-drives.
O mais bacana é que as novas TVs eliminam a necessidade de intermediários como um videogame para acessar o conteúdo de entretenimento de casa. É - ao que eles disseram, quando chegamos já estava configurado - fácil de configurar, e a TV pode ler arquivs .mpeg, avi e com compressão divx, além de músicas e fotos.
Mas a coisa mais comemorada no anúncio hoje foram as parcerias mundial com o Youtube e local com o Terra. Por causa disso, há widgets (acessáveis enquanto está se assistindo alguma coisa) que permitem ver notícias, previsão do tempo ou vídeos no Tubo. Por notícias, leia-se alguma coisa vinda do Gizmodo também - somos parceiros do Terra, para quem não sabe. Então você pode ler na sua TV de LED uma resenha sobre a TV de LED, numa metalinguagem tecnológica incrível.
Mas voltando: tudo foi adaptado para visualização na TV, com as fontes sendo grandes e os menus com bastante contraste. Para buscar vídeos no Youtube, digita-se a busca como no teclado alfanumérico do celular. O recurso de autocompletar é bacana, e a digitação de "har" trouxe como primeira sugestão o trailer HD de "Harry Potter and the Half Blood Prince", o que deveria demorar 3 dias para digitar. Nice touch. Em uns 10 segundos o vídeo carregou e foi visto sem soluços, em tela cheia.
É possível ajustar o nível de opacidade das telas de notícia, por exemplo, para que você possa assistir o que se passa no fundo - um videogame, por exemplo - enquanto sua amiga chata quer ler a notícia sobre a Fazenda. O recurso "Ticker" faz com que as notícias principais (não dá para selecionar um canal específico como esportes, infelizmente) fiquem passando embaixo da tela. Gostou de uma, clica-se nela e é maximizada, com fotos e vídeos, se houver. Os menus foram acessados e carregados com velocidade - mais rápido que no Wii, certamente. O pré-requisito é uma conexão de 1 MB, certamente algo que não é problema para quem consegue pagar uma TV de LED bacana.
Além do que se consegue buscar na rede doméstica e por conexão, as TVs vêm com conteúdos pré-carregados, como programas de ginástica e livros de receitas. O curioso que nas LCDs mais econômicas há apenas opções de prato principal, enquanto nas de LED há sobremesas, entradas e saladas, tudo sans-Louro José. Ok, Samsung, entendemos que elas são melhores em tudo.
Tudo isso é legal, mas não sensacional. Parece que há a tecnologia, mas falta alguns acordos comerciais para tudo funcionar. Imagine se o canal Sonica do Terra, de músicas, fosse liberado, ou um Last.fm, ou o recém-inaugurado Mundo Fox, Hulu... Sim, você entendeu. Isso faria com que coisas como provedores de TV a Cabo, Apple TVs ou videogames como hubs ficariam ultrapassados. Estamos falando de IPTV sem intermediários. Parece possível. Pelo que foi mostrado hoje, a tecnologia já está madura. Com a capacidade de ler notícias até na sua geladeira hoje em dia, não é fantástico ver uma TV que faça isso. Mas ver aplicativos rodando em segundo plano, carregando vídeos em alta-definição rapidamente e conectando-se sem problemas com a rede doméstica dá pistas que é questão de tempo para você diminuir o número de gadgets necessários para poder ver tudo que você quer em alta definição.

6 de setembro de 2010

Refrigerantes


Refrigerantes: É isso aí

De bebidas vendidas em farmácias e indicadas para tratar dor de barriga, os refrigerantes viraram símbolo de rebeldia e hoje estão entre os nomes mais conhecidos do mundo


"Amada minha, ficarei deveras lisonjeado se aceitares me acompanhar à pharmacia para um xarope carbonatado.” Um convite para tomar xarope na farmácia pode não soar como uma cantada lá muito romântica hoje em dia, mas, no fim do século 19, era tudo que uma jovenzinha americana queria ouvir. Afinal, quem não queria experimentar a grande onda, os refrigerantes? Os primeiros deles nasceram numa época em que se confundiam as propriedades medicinais das fontes de águas minerais com as recentes invenções de Joseph Priestley (1767) e John Mathews (1832). Priestley criou um meio de produzir água gaseificada artificialmente, a soda. Mathews desenvolveu o que ficaria conhecido como soda fountain, um aparato que produzia água com gás de forma simples, diretamente no balcão da farmácia. Acreditava-se que a água gaseificada tinha propriedades terapêuticas e por isso ela era recomendada para diversos tipos de tratamento, de simples cólicas à poliomielite.
Por volta da metade do século 19, já era comum encontrar fontes de soda instaladas nas farmácias por todos os Estados Unidos. “Não se sabe exatamente quem foi o primeiro a colocar substâncias adoçantes e corantes na água gasosa, mas certamente isso aconteceu numa farmácia, onde as misturas eram feitas e vendidas como tônicos”, diz Jorge Fantinel, engenheiro químico e consultor das empresas do setor, autor de Os Refrigerantes no Brasil. As primeiras experiências foram feitas com xarope de limão, a soda limonada. Imediatamente depois vieram as misturas com morango, noz-de-cola – um fruto africano parente do cacau, rico em cafeína, conhecido no Brasil como orobô – e ginger-ale, feito de gengibre. Nessa época, eles ainda não tinham o nome de refrigerantes e eram chamados de xaropes gasosos. Mas, vendidos a 1 centavo de dólar, já eram um sucesso.
O crescimento do consumo fez muitas farmácias se transformarem em pontos de encontro. Outras deixaram de lado a venda de remédios para aumentar o espaço de atendimento dos ávidos bebedores de xaropes gasosos. Fenômeno semelhante ocorreu com os proprietários, que começaram a competir pelos fregueses criando xaropes cada vez mais elaborados, fechando suas lojas para se dedicar à produção e venda no atacado. As três maiores marcas norte-americanas atuais foram criadas num espaço de pouco mais de dez anos, por três desses ex-farmacêuticos. Charles Alderton inventou a fórmula da Dr. Pepper, em 1885. No ano seguinte John Pemberton tirou da manga um concentrado com “qualidades estimulantes” à base de noz-de-cola, folhas de coca e outros ingredientes ao qual daria o nome de Coca-Cola. Em 1898 surgiu a Pepsi-Cola, que usava a mesma noz-de-cola e uma enzima para “ajudar na digestão”, a pepsina.
Mas sair das drogarias e chegar sãos, salvos e borbulhantes à casa do consumidor era uma tarefa impossível para os refrigerantes. O limitador, nesses primeiros tempos da indústria, era a embalagem. “Apesar de o primeiro xarope engarrafado datar de 1835, antes da invenção da máquina para moldar vidro, obra do americano Michael Owen, em 1904, as garrafas eram sopradas artesanalmente e variavam na forma e tamanho, dificultando o transporte e o empilhamento”, afirma Jorge. Outra dificuldade era a vedação das garrafas. Das rolhas com arame (similares às de champanhe) às tampas Hutchinson, que seguravam a pressão de dentro para fora, os progressos foram tímidos e os acidentes em depósitos, constantes, transformando o estoque de refrigerantes numa atividade barulhenta (e dispendiosa). A revolução que levou definitivamente o refrigerante para dentro das casas das pessoas foi a tampinha coroa, inventada em 1892 pelo americano William Painter. A rolha metálica recoberta de cortiça (posteriormente trocada pelo plástico) era perfeita para conter a pressão do líquido gasoso. Daí por diante, os xaropes continuariam sendo vendidos nos balcões, mas o caminho até a mesa do almoço de domingo estava definitivamente aberto.
Guaraná Brasil
Por aqui, a moda das fontes de soda não pegou e a indústria partiu direto para o engarrafamento. “Os equipamentos eram precários para gaseificar água e mais ainda para produtos com açúcar, que necessitam de temperaturas de operação mais baixas e pressões maiores. Nosso clima não ajudava a indústria”, diz Jorge Fantinel. Enquanto Coca, Pepsi e Dr. Pepper se industrializavam, abriam novas fábricas e melhoravam a distribuição nos Estados Unidos, um médico de Resende, no Rio de Janeiro, descobriu que uma frutinha vermelha e tipicamente brasileira, o guaraná, dava um tremendo xarope. Em 1905, o doutor Luiz Pereira Barreto elaborou um método de processamento da fruta.
 

A partir de 1906 a F. Diefenthalerr, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, lançou a primeira linha de refrigerantes industrializados, incluindo a Limonada Gazosa, o Guaraná Cyrilla e a Água Tônica de Quinino. Cervejarias como a Brahma não demoraram a entender o potencial comercial dos gaseificados. A empresa carioca lançou a marca Excelsior em 1907. A paulistana Antarctica começou a produzir a Soda Limonada em 1912 e, em 1921, lançou o Guaraná Champagne. “A fórmula é a mesma até hoje, adaptada apenas para se adequar melhor às mudanças da linha de produção,” afirma o químico Orlando de Araújo, consultor da AmBev, uma das principais empresas do setor.

As precárias condições da infra-estrutura de estradas e ferrovias brasileiras e as dificuldades logísticas mantinham os fabricantes e distribuidores reféns de suas próprias regiões. A demanda crescente, mas limitada geograficamente, fez com que marcas menores aparecessem para atender cidades do interior dos estados. Em São Paulo, maior mercado nacional, surgiram, na década de 1930, fábricas em Jundiaí, Itu, Bauru e São José do Rio Preto. No Maranhão, Jesus Norberto Gomes criou, em 1920, um guaraná cor-de-rosa que até hoje é comercializado. O guaraná Jesus atende seus adoradores e é um dos mais vendidos da região.
“Até os anos 60, alguns processos ainda eram manuais. Usávamos máquinas com pedais mecânicos para colocar as tampinhas nas garrafas e colávamos os rótulos com cola de maisena”, afirma Ricardo Vontobel, que na infância trabalhou na fábrica do pai, a Vonpar, fundada em 1953, no Rio Grande do Sul, e que hoje é uma das maiores franquias da Coca-Cola no país. Se engarrafar era difícil, imagine distribuir. “Na época, o setor de logística não passava de um estábulo com burros e carroças. Sem estradas que comportassem caminhões, usamos esses animais por anos”, lembra Ricardo. “Os burrinhos ficavam tão acostumados com o itinerário que paravam sozinhos diante das vendas e mercados e lá ficavam esperando até a carroça ser descarregada. Mesmo quando não havia entrega, o funcionário tinha que descer e fingir que tirava a carga da carroça. Só assim para enganar o animal e ele concordar em continuar seu caminho.” É por essas e por outras que para cumprir um roteiro de entregas de 300 quilômetros às vezes eram necessários vários dias de viagem.
“As dificuldades de transporte e estocagem mantiveram as gigantes americanas afastadas do Brasil por algum tempo, criando uma base consistente de consumidores para as pequenas indústrias regionais”, afirma Humberto Pandolpho, consultor de empresas no setor. Assim, não é de estranhar que o cantor e compositor mineiro Milton Nascimento só tenha tomado sua primeira Coca-Cola no Rio de Janeiro, a bordo de um avião da Pan Air, como ele afirma na música “Conversando no Bar”, de 1975. Mesmo ano em que, aliás, a palavra “refrigerante”, com o sentido de hoje, apareceu pela primeira vez no dicionário Aurélio.
É guerra!
O conteúdo era importante, mas as embalagens foram um fator decisivo na conquista territorial dos refrigerantes. Em 1934, nos Estados Unidos, a Pepsi deu um salto e tanto, dobrando o volume das garrafas de 170 para 350 mililitros sem mexer no preço. O resultado foi uma explosão de vendas quase sem alterar o custo de produção. A Coca reagiu, apostando em dois elementos importantes e até hoje indissociáveis da indústria dos refrigerantes: o design e a propaganda. Logotipos e slogans foram criados na velocidade em que se espalharam por pontos de venda, jornais e revistas. “Os refrigerantes tiveram grande influência no desenvolvimento da indústria da publicidade. Um exemplo, sempre citado nesse caso, é o uso do Papai Noel pela Coca-Cola”, diz o colecionador Geraldo Gayoso. “A empresa não inventou o Papai Noel, mas utilizou de forma tão maciça sua imagem que acabou imortalizando sua visão do personagem. Hoje ele é um senhor gorducho que se veste de vermelho graças às campanhas publicitárias da Coca-Cola”, diz Geraldo, reconhecido pela própria empresa como o quarto maior colecionador de produtos da marca no mundo.
A Coca foi pioneira em desenvolver garrafas exclusivas, acreditando que o desenho delas teria papel fundamental tanto para a rápida identificação da marca quanto para a fidelização dos clientes. “Enquanto as outras empresas utilizavam garrafas padronizadas, a Coca-Cola lançou um modelo exclusivo. O sucesso foi tamanho que a garrafa – cujo desenho, com pouquíssimas alterações, é mantido até hoje – foi apelidado de Mae West, a curvilínea estrela de Hollywood, símbolo sexual dos anos 30”, diz Geraldo.
Mas o grande salto da Coca-Cola foi durante a Segunda Guerra. Quando os Estados Unidos entraram no conflito, o lendário presidente da Coca, Robert Woodruff, garantiu que os soldados se sentiriam em casa onde quer que estivessem. Casa, para ele, significava poder comprar em qualquer lugar do mundo uma garrafa de Coca por 5 centavos de dólar. Onde não era possível enviar o produto engarrafado foram instalados kits manuais para misturar e envasar o refrigerante. Essas primeiras minifábricas do produto abriram caminho para o licenciamento de fabricantes de Coca-Cola pelo mundo afora, o que daria à empresa o porte de gigante multinacional e a fama de representar os interesses norte-americanos pelo mundo afora.
Na década de 1950 e nas duas décadas seguintes, a Coca e a Pepsi se tornariam símbolos do poder global dos americanos: armas da propaganda política, para o bem e para o mal, na época da Guerra Fria. Símbolo da sociedade de consumo, os refrigerantes se transformaram em pilares do american way of life, ou do jeito americano de ser. O que quer dizer que, ao lado das calças jeans e do rock’n’roll, viraram ícones de um mundo em que liberdade e consumo se equivaliam. E assim, na mesma medida em que a Coca-Cola e a Pepsi eram barradas no Leste Europeu, na União Soviética e na China, elas invadiram a Europa Ocidental, a Ásia e o Brasil.
 








A aceitação da Coca por aqui não foi imediata. “Antes de sua chegada, os refrigerantes eram vendidos em garrafas escuras e o líquido tinha sabores e cores reconhecíveis, como laranja e limão. Os brasileiros estranharam a cor escura da Coca-Cola, vendida em garrafas transparentes. A empresa realizou operações maciças de degustação para atrair o consumidor”, conta Ricardo Vontobel, da Vonpar. A Coca deu um novo sentido à produção em escala industrial, abrindo fábricas na cidade fluminense de São Cristóvão, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Porto Alegre hospedou a primeira franquia da rede.
Nos anos 1950, houve o primeiro salto no consumo per capita de refrigerante no Brasil. E a primeira medida tomada pela indústria foi o aumento do volume das garrafas. As caçulinhas, garrafinhas de 180 mililitros, perderam espaço para as garrafas de 270 mililitros, que se tornaram a medida padrão nacional. Com a crescente urbanização do país e a chegada dos eletrodomésticos, incluindo as geladeiras, às casas de classe média, o próximo passo da indústria de refrigerantes foi óbvio: a criação das garrafas de 1 litro. Embora nunca tenha deixado de crescer, a outra grande explosão deconsumo no Brasil só se daria nos anos 90. O Plano Collor pôs fim a diversas reservas de mercado e abriu a possibilidade de importação de máquinas a preços convidativos até para os pequenos fabricantes.
Isso numa época em que a grande novidade do ponto de vista tecnológico e de mercado era a garrafa one-way (ou não-retornável). A substituição do vidro pelo polietileno tereftalato, o PET, fez com que os vasilhames ficassem mais baratos e, mesmo em grandes formatos, descartáveis. Isso deu à indústria de refrigerantes, a partir dos anos 80 nos Estados Unidos e dos 90 no Brasil, um alcance quase ilimitado. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas, hoje são mais de 300 empresas fabricando refrigerantes no Brasil, com vendas totais da ordem de 12,2 bilhões de litros ao ano. No mundo, são 185 bilhões de litros, pouco mais de 30 litros por pessoa.
Com números como esses e pontos de venda que vão dos restaurantes luxuosos aos camelôs nos cruzamentos das grandes cidades, é impossível imaginar um dia sem pelo menos avistar uma latinha ou garrafa de refrigerante. Ele finalmente encontrou seu lugar e, no mundo todo, as pessoas abriram espaço em suas geladeiras para a enorme garrafa de água colorida, com sabor artificial e bolhas de gás.